Continuando… Neste capitulo, você vai conhecer a história da vingança de Hera sobre Latona, nascimento de Apolo e Diana, e o combate contra Píton… Acesse aqui o capítulo anterior, onde mostro o misterioso nascimento de Afrodite (Vênus).
Hera pune Latona
Texto autor: Renato Silva
Certo dia chega diante Hera (Juno) a sua mensageira de confiança Íris (dentre algumas atribuições, Íris é a personificação do arco-íris e a mensageira dos deuses) ela noticia uma traição conjugal de Zeus, dizendo – Hera, realmente *Latona está grávida do seu esposo!
*Latona era considerada a deusa da modéstia, maternidade e protetora das crianças. Em alguns contos ela esta relacionada a noite alternando para as aspirações da luz do dia, reflexão essa que recaiu sobre os seus filhos.
Hera nervosa e enciumada respondeu para Íris – Eu quero que esta mulher fique bem longe de qualquer terra, entendeu?… Íris pensava consigo mesma, como iria fazer isso? já que teria que deixar Latona longe de qualquer terra.
Latona, com o abdômen dolorido, foi obrigada a fugir pelo mundo todo por conta da raiva e perseguição da Hera, Latona grávida atravessava completamente exausta vários lugares, sem parar em um só, da Trácia as ilhas do mar Egeu… sem receber hospitalidade ou abrigo de qualquer um, pois todos temiam a ira de Hera, caso ajudassem Latona.
Píton persegue Latona
Para piorar ainda mais a situação da triste mãe, a terrível pavorosa serpente Píton perseguia Latona de dia e de noite, nunca deixando a gestante descansar, pois Píton fora encarregada por Hera de devorar os filhos de Latona quando nascessem… assim Píton perseguia e observava Latona sem dar um segundo de descanso para a pobre mulher, esta era a vingança de Hera sobre Latona.
Depois de tanto fugir, finalmente Latona chega à ilha de Ortígia, onde finalmente ela encontrou um abrigo, para descansar e dar a luz aos seus filhos. Pois Ortígia era uma ilha flutuante, não estando fixada na terra, por isso Píton perdeu ela de vista, Latona gemeu de dor durante nove dias e nove noites.
Ilítia ajuda Latona
Porém algo de bom aconteceu, Ilítia a deusa dos partos e gestantes protetora das mães durante seus períodos de gestação, que era também filha de Zeus e Hera, soube do grande sofrimento que Latona passava, sozinha sem ajuda, assim a bondosa deusa resolveu socorrê-la, se oferecendo a ajuda-la no parto e no que precisasse.
Ilítia disse para as suas amigas antes de ir até Latona – Os filhos dela estarão entre os mais belos dos deuses, para mim será uma grande honra ajuda-la. Depois de grande sofrimento, com a ajuda da Ilítia, Latona teve dois belos *filhos gêmeos, um menino de nome Apolo (Febo mitologia Romana) e uma menina chamada Diana (Ártemis mitologia Grega). *Sim são eles mesmos, os dois conhecidos deuses, preferi usar os nomes por qual são mais conhecidos, Diana versão romana e Apolo versão grega.
Ilítia falava com todo carinho para Latona – Olhe! você tem o dia e a noite, um em cada braço! Apolo, de pele
alva e cabelos louros, é a representação do sol e do dia, enquanto sua filha Diana, com os seus
cabelos negros, sobre o seu pescoço brilhante, representa a lua envolta pela noite.
Diana e Apolo crescem
Zeus por sua vez percebendo o nascimento dos seus filhos, lhe enviou muitos presentes. O presente que mais agradou Diana foi um arco e flecha feito pelas mãos do próprio Vulcano, uma arma extremamente poderosa. Ambos filhos já crescidos evoluíam como deuses, Diana se aperfeiçoou no arco, sendo a melhor arqueira já vista. Já Apolo, queria vingar a sua mãe da terrível serpente Píton, que a perseguiu enquanto estava grávida.
Certo dia Apolo chegou em seu pai Zeus e perguntou – Diga-me, meu pai, onde está a terrível serpente Píton que perseguiu a minha mãe causando a ela grande sofrimento, eu mesmo agora tenho condições de me vingar, irei matá-la com minhas próprias flechas.
Agora que os filhos de Latona já estavam crescidos, eles saíram da ilha, está ilha flutuante passou-se a se chamar ilha de Delos, que significa “ilha clara ou luminosa”, em homenagem ao deus da luz e do sol.
A família viajava além das ilhas, até que chegou Latona abraçado com os seu dois filhos no monte Parnaso. Porém exatamente neste local maravilhoso com inúmeras montanhas e vegetação, estava a terrível serpente Píton filha da Terra, vivia no seu covil, enrolada aos pés do monte Parnaso.
Apolo desafia Píton
Apolo empunhando o seu arco e flecha disse para a serpente – Chegou a sua hora maldita serpente! agora vamos acertar as contas, pelo todo sofrimento que causou para a minha mãe.
Após Apolo dizer isto, de dentro do enorme covil escapou um tremendo urro! tão vibrante e poderoso que várias montanhas desmoronavam. A serpente emitia da caverna o seu bafo pestilento, quente como o fogo que incendiava tudo a volta, cheirando a sangue e podridão, saia pela caverna a aterradora Píton.
Apolo por sua vez, subiu em um rochedo, tencionou ao máximo o seu grandioso arco e flecha
mirando dentro da boca infernal da Píton, que parecia um abismo sem fim. Entretanto para a surpresa de Apolo a criatura gigante era ágil e rápida, ela deu um salto se esquivando da flecha.
Latona gritava desesperada – Apolo meu filho, tome cuidado!
Diana é impedida de ajudar Apolo
Diana queria ajudar o seu irmão na luta contra Píton, mas Latona sua mãe a abraçava com tanta força impossibilitando sua livre movimentação, se Diana fizesse força para sair, poderia machucar a sua mãe, algo que ela jamais faria. E o próprio Apolo desencorajava Diana pedindo para ela não se envolver na luta, pois ele não queria vê-la ferida ou morta.
Apolo e Píton o golpe decisivo
A serpente ficou completamente em pé, pode-se ver o seu abdômen coberto de sangue seco dos ossos esmagados das suas vítimas que eram trazidas para o seu recinto. Foi quando a assustadora serpente emitiu um silvo ensurdecedor, que passou como um vento quente como o vulcão e mórbido como uma pilha de mortos.
Píton lançou um ataque quase certeiro sobre o deus Apolo, por sorte ele conseguiu se esquivar, e a mordida acertou a rocha onde o deus estava, por um tempo as grandes presas da serpente ficou cravada na montanha, de tanta força que ela deu o bote. Seu enorme canino mais parecia uma espada amarela gigante, e da sua presa escorria um líquido pestilencial, exalando um terrível cheiro de morte e sangue.
Apolo se desequilibra
Apolo ainda tonto com o bafo nefasto da Píton, quase se desequilibrou em direção a mandíbula da serpente. Píton querendo se aproveitar do deslize do deus Apolo, balançou sua cabeça rapidamente soltando suas presas do rochedo… assim ela arregalou suas grandes pupilas horizontais, típica de um réptil, foi quando ela abriu sua enorme bocarra, atacando com as suas centenas de línguas fendidas.
Com suas centenas de línguas, ela chicoteava o ar em todas as direções na esperança de acertar Apolo, cada língua possuía a sua saliva mortalmente venenosa. Apolo o astuto se escondeu esperando uma brecha para atirar a sua flecha. Não acertando o oponente a temível Píton, parou para farejar a localização da sua presa. Apolo se aproveitou da distração da Serpente e antes que ela se virasse em sua direção, ele ficou em pé retesando o seu arco e flecha com toda a sua força, municiando o arco com três flechas ao mesmo tempo.
Apolo acerta Píton
Antes de atirar na serpente, que já estava ficando de frente, Apolo disse – maldita serpente, aqui está o seu castigo! após, Apolo soltou as suas três flechas mortais ao mesmo tempo, as flechas partiram o ar sibilando. Não eram flechas normais e muito menos um arco normal… era uma arma criada por Vulcano, para derrotar os mais fortes dos Titãs. As flechas foram cortando todas as línguas da Píton que encontrava pelo ar, até chegar no seu alvo.
Cada flecha teleguiada acertou o alvo escolhido por Apolo… uma das flechas se alojou no olho esquerdo da víbora, a segunda acertou em cheio o seu peito, se enterrando no seu coração, e a terceira e ultima flecha entrou-lhe pela boca adentro, matando-a de vez. A gigantesca serpente Píton caiu ao chão, provocando um enorme estrondo, tamanho peso que fez a terra tremer e reverberar por incríveis oito dias.
Apolo e o templo de Delfos
Enfim, Apolo vencera Píton, vingando a sua mãe, ele soltou o seu arco, sentou-se sobre uma rocha na sombra, pegou a lira que Hermes lhe dera de presente, e tocava uma canção de vitória… após, ele abraçou fortemente e muito feliz a sua mãe e a sua irmã Diana. Dizendo a elas, todo cheio de orgulho – Vou enterrar aqui a temível serpente, e sobre o seu túmulo vou erguer o meu templo sagrado, que também funcionara como um oráculo, o mais conhecido e assertivo de todos.
A profecia de Apolo se cumpriu, era o famoso Oráculo de Delfos, além de um templo a Apolo, seria o local de predição das sacerdotisas, sendo possível também sobre determinadas circunstâncias, consultar as Moiras (Parcas na mitologia romana) que são as deusas que presidem o destino dos mortais e determinam o curso da vida humana.
Continua na história 8 “Maia e o nascimento do deus Hermes”
Eu me chamo Renato Silva criador deste site Mestre Toy, proprietário do Pinterest Mestre toy – Arts que já conta com mais de 2 milhões de visualizadores mensais. Contemplo muito o universo Nerd/Geek e assuntos relacionados, até o próximo artigo e tudo de bom.
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